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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Patricia Abravanel vive bom momento em "Nada Além de 1 Minuto"

 

Olá, internautas

Patricia Abravanel continua com a missão de suceder Silvio Santos no mais tradicional dominical da TV brasileira. A “filha número 4” foi alçada, de supetão, ao posto com a pandemia da Covid-19. Cada vez mais segura no palco, começou a imprimir sua própria identidade à atração.  

No decorrer dessa trajetória, “Nada Além de 1 Minuto” sempre apareceu como o mais desafiador para a apresentadora. Em temporadas anteriores, Patricia não encontrou o tom no comando da disputa que desafia os competidores a cumprir diferentes provas em sessenta segundos.

Durante a execução, a sucessora de Silvio Santos insistia em falar demasiadamente, o que tirava o clima de apreensão e suspense, além de prejudicar a concentração dos próprios candidatos. Neste ano, Patricia evoluiu. Falou bem menos e até entrou no clima da competição.

No último domingo (12/05), em clima de Dia das Mães, a apresentadora resolveu encarar as provas. O prêmio conquistado seria dividido entre as mães presentes no auditório. Uma ótima ideia. Ela chegou até o último degrau da competição, mas, a pedido das colegas de trabalho, parou em 200 mil reais, o que gerou uma premiação de cerca de 2 mil reais para cada mãe no palco. O momento prendeu a atenção do telespectador. 

Agora com a saída de Eliana, Patricia Abravanel deverá ganhar um tempo maior na programação dominical do SBT. A “filha do dono”, como dizia Silvio Santos, conseguiu demonstrar que é capaz de superar mais esse desafio.

Fabio Maksymczuk

domingo, 12 de maio de 2024

William Bonner sobressai na cobertura das inundações no Rio Grande do Sul

 

Olá, internautas

As inundações que assolam o Estado do Rio Grande do Sul ganham destaque nos telejornais da TV brasileira. “Jornal Nacional”, o mais assistido do veículo, cede amplo espaço à tragédia ambiental. William Bonner conquista protagonismo na cobertura do “JN” ao sair do conforto da bancada para encarar, in loco, as consequências das enchentes em território sul-rio-grandense.

Durante toda a semana, o âncora comandou o “Jornal Nacional” em locais com a marca do caos, como um restaurante da Unisinos que serve refeições aos “flagelados”, expressão utilizada pelo apresentador, da PUC-RS que acolheu os desabrigados e até de um navio da Marinha do Brasil.

Normalmente trajado com uma camiseta preta, Bonner explorou a sua experiência de três décadas no telejornal para realizar a cobertura em um tom adequado. Consternado, mas sem cair no sensacionalismo. Um jornalista maduro que reconhece o fatídico momento que aflige milhões de gaúchos.

A GloboNews cobre as inundações com seriedade. O gaúcho de Rio Grande, Marcelo Cosme, também saiu do estúdio do “Em Pauta” para acompanhar, in loco, os efeitos do dilúvio. Destaque também para o repórter Guilherme Balza que realiza ótimas reportagens, especialmente no “GloboNews Mais”. Menção ainda ao jornalista gaúcho Mateus Marques que produz boas matérias.

Já na Band, os dois apresentadores de bancada, Adriana Araújo, do “Jornal da Band”, e Felipe Vieira, do “Jornal da Noite”, também saíram do “ar condicionado” e acompanham o dia a dia da tragédia nas cidades alagadas do Rio Grande do Sul. Essas reportagens também são veiculadas na BandNews, especialmente no “Madrugada BandNews”.

Na Record, como já era esperado, Roberto Cabrini faz uma intensa cobertura em território gaúcho. A emissora da Barra Funda, como em outros acontecimentos traumáticos, cede amplo espaço da programação ao jornalismo. Neste domingo (12/05), o canal derrubou a grade para o “Plantão Record”, sob comando de Reinaldo Gottino que ficou cerca de seis horas ao vivo. No “Cidade Alerta”, chama a atenção o resgate de animais com a narração de Luiz Bacci. “Só pedir a Deus”, lamentou o apresentador diante da impossibilidade de resgatar um cachorro do telhado em Canoas.

No SBT, o programa “Tá no Ar” ganhou repercussão com a reportagem de Marcia Dantas que reporta, in loco, os acontecimentos da tragédia. A jornalista produziu uma reportagem que flagrou a aplicação de multa em um caminhão com doações que seguiam rumo ao Rio Grande do Sul. Tal reportagem caiu em páginas de polarização política. “O SBT é apartidário....Fiquei bem triste com a situação...Foi pesado para mim”, revelou Marcia que cumpriu o seu dever jornalístico.

As inundações agora deveriam provocar reflexões sobre a responsabilidade de cada ator social para que o fenômeno seja minimizado no futuro próximo.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Show de Madonna entra para história das transmissões musicais da TV Globo

 

Olá, internautas

No último sábado (04/05), a TV Globo transmitiu o show mais aguardado do ano no Brasil. Em plenas areias da Praia de Copacabana, Madonna reuniu mais de 1,6 milhão de pessoas com "The Celebration Tour in Rio”. O maior público de sua carreira.

A emissora platinada antecedeu a novela “Renascer” para abrir espaço na programação ao espetáculo. Não havia necessidade, já que ocorreu atraso de uma hora. Marcos Mion e Kenya Sade comandaram a transmissão e tiveram que cobrir o “buraco”.

Mion, muito à vontade, passava as informações de forma natural. Em um bate-papo leve com o telespectador. Até mesmo, o apresentador revelou suas experiências pessoais com os shows de Madonna e Michael Jackson em 1993 que marcaram o cenário musical na cidade de São Paulo. Sua colega de transmissão nem era nascida. Revelou que dormiu nos arredores do Estádio do Morumbi para acompanhar o espetáculo do “Rei do Pop”.

Já Kenya, para preencher o espaço causado pelo atraso, verbalizou as informações que estudou para fazer a cobertura do show. A formação da dupla recai na política da representatividade que se tornou base na TV Globo. O mesmo parâmetro já tinha sido visto no Show da Virada. O canal escalou Fernanda Rodrigues e Douglas Silva.

Naquela oportunidade, eram dois atores que integravam o elenco da novela Fuzuê. Mesmo patamar. Agora, Mion, apresentador com décadas na TV brasileira, dividiu espaço com uma repórter que conquista o seu espaço há poucos anos. Nas redes sociais, telespectadores enxergaram um ruído entre os dois. 

Diante da polarização política e de valores, a onda conservadora reverberou sua “indigestão” com o show provocativo de Madonna, artista vinda dos anos 80. Sintoma da guerra cultural que marca a sociedade brasileira e estilhaça na disputa política. Na realidade, “The Celebration Tour in Rio” é um grande musical com visual deslumbrante.

Os chamados “conservadores” tentaram manchar a transmissão usando o argumento das inundações que assolam o Estado do Rio Grande do Sul. A cobertura que avançou a madrugada garantiu boa audiência. 17 pontos de média.

Mesmo assim, o efeito das críticas da exibição do show atingiu o “Profissão Repórter”. A TV Globo cancelou a edição que repercutiria a multidão que se formou para acompanhar Madonna em Copacabana com a justificativa de dar mais espaço ao “Jornal da Globo” que cobre os efeitos do desastre ambiental no Rio Grande do Sul. Na realidade, "Jornal Nacional" foi esticado diante do noticiário das inundações, o que atrasou toda a programação. Com o jornalístico de Caco Barcellos, "JG" entraria por volta da 1 da manhã. 

O show de Madonna tornou-se, na realidade, uma das celebrações do Brasil pós-pandêmico.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 6 de maio de 2024

TV Globo acerta com Nilson Klava no "Jornal Hoje"

 

Olá, internautas

Nilson Klava conquistou uma ótima oportunidade na TV Globo. Agora, o jornalista participa, diariamente, do “Jornal Hoje”, como comentarista político. Ao contrário de outros profissionais da imprensa, Klava emite uma imagem independente diante da intensa polarização que divide o Brasil.

O jornalista transmite isenção na cobertura do universo da política brasileira. Desde o seu início na GloboNews, Klava passa credibilidade no vídeo. Por isso mesmo, agora ganha ainda mais projeção na TV Globo.

A emissora escala, ainda, o jornalista como apresentador do “Jornal Hoje” esporadicamente aos sábados. Fortalece a sua presença junto ao telespectador. A aposta no jovem de 28 anos é um dos acertos para o futuro do jornalismo da emissora platinada.

A TV Globo também acerta no substituto de Cesar Tralli em suas ausências. Alan Severiano é o nome certo para sucedê-lo à frente do “JH”. O telejornal vespertino já possui uma escalação adequada.

Diante das especulações que apontam mudanças no “Fantástico”, “Jornal Nacional” e até no “Jornal da Globo”, é necessário acertar a sucessão em outros telejornais da casa. A tríade formada por Tralli, Severiano e Klava é o rumo certo no “Jornal Hoje”.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Rachel Sheherazade enfrenta desafio em "A Grande Conquista 2"

 

Olá, internautas

A Record continua a apostar suas fichas em reality shows na faixa noturna. A emissora voltou com “A Grande Conquista” em sua segunda temporada. No ano passado, apesar de não ter explodido nos índices de audiência, o formato funcionou pela engrenagem do jogo com rostos já conhecidos pelo telespectador da emissora.

O mesmo já tinha acontecido na primeira edição do “Ilha Record”. Porém, a segunda temporada, composto por nomes fracos, redundou em um grande fracasso. “A Grande Conquista 2” conta com um elenco mais fraco (em termos de repercussão) em comparação ao ano passado. Porém, é necessário aguardar se os 20 selecionados ativarão a dinâmica do jogo.

Diferente do ano passado, todos os 100 participantes encaram a fase da Vila. Não há o contraponto com os 10 selecionados da Mansão. Não há uma edição que trabalhe com o contraste entre os privilegiados e os que enfrentam o perrengue.

Desse modo, os “conquisteiros”, para chamar a atenção e entrar com seu tempo de tela, esgoelam. Entram em conflitos por picuinhas. É uma gritaria constante. Guipa é um dos principais de tal “espécie”. Até menosprezou, com palavras infelizes, Bruno Cardoso. Diante dos xingamentos, o público já acolheu o “Palhaço” que conquistou sua vaga para a segunda fase.

Além do formato modificado, Rachel Sheherazade surge como a maior novidade em “A Grande Conquista 2”. De fato, passa uma imagem muito mais consistente que a antecessora Mariana Rios. A sua persona de “jornalista de bancada” será descontruída durante toda a temporada do reality. Começou com microfone de mão que já está em desuso na TV brasileira. Agora, aparece com as mãos livres.

O bordão “pessoas lindas” deveria ser abolido em seus discursos. Soa artificial, igual ao “meus amores”, entoado por Adriane Galisteu em “A Fazenda”. Até aqui, Rachel cumpre a sua missão e acerta em se colocar no lugar de um confinado, já que passou pela mesma experiência no ano passado. Transmite uma imagem mais humanizada.    

Dentre os quatro selecionados, até aqui, apenas Dona Geni, mãe de Jaquelline Grohalski, figurava entre os favoritos. Agora, é acompanhar o desenrolar de “A Grande Conquista 2”.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 30 de abril de 2024

TV Globo foge de riscos com "No Rancho Fundo"

 

Olá, internautas

Após o malsucedido remake de Elas por Elas, a TV Globo resolveu apostar em uma produção sem grandes riscos para reconquistar a audiência da faixa das seis. “No Rancho Fundo”, criada e escrita por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman, é a aposta do canal platinado.

A nova novela passa a impressão de ser uma continuação da bem-sucedida “Mar do Sertão”, do mesmo autor e do mesmo diretor artístico. Até mesmo, os repentistas Juzé e Lukete, que alcançaram sucesso no encerramento dos capítulos da finada obra, reapareceram com a mesma função. Além disso, personagens também retornaram à tela, como Deodora (Debora Bloch) e Sabá Bodó (Welder Rodrigues), que ainda habitam a memória recente do telespectador.

O clima da produção também é o mesmo. O cenário da trama remete ao sertão nordestino. Para não se arriscar com jovens promessas, atores mais experientes comandam a narrativa. Andrea Beltrão protagoniza a história como a destemida Zefa Leonel. Ao seu lado, aparece Alexandre Nero que vive um desafio em sua carreira ao viver o sertanejo Seu Tico Leonel. Personagem muito diferente de seus trabalhos na TV Globo. Há ainda Eduardo Moscovis que interpreta Quintino Ariosto.

Até mesmo, a escalação do galã prezou pela segurança máxima. José Loreto, em seu terceiro trabalho consecutivo, ressurge no vídeo como o galanteador Marcelo Gouveia. Os atores e atrizes, com menos experiência, rodeiam o quarteto.

Desta vez, o autor Mario Teixeira inicia a história como um novelo. Sem atropelos ou pressa para causar algum impacto inicial. Somente na terceira semana da novela, Zefa encontrou a almejada pedra turmalina paraíba. Isso é um acerto. As novelas anteriores do dramaturgo perderam fôlego do meio para o final.

“No Rancho Fundo” agrada o telespectador que acompanhou “Mar do Sertão”. Os índices de audiência já surtiram efeito. A nova novela das seis fica corriqueiramente na casa dos 20 pontos, meta da faixa horária. A missão já está sendo cumprida.

Fabio Maksymczuk

sábado, 27 de abril de 2024

Laura Cardoso ganha ótima homenagem em "Tributo"

 

Olá, internautas

A TV Globo abre espaço em sua programação para homenagear ícones da teledramaturgia brasileira na faixa que sucede o “Globo Repórter”. É o programa “Tributo” que reverencia profissionais que fazem parte da memória afetiva do telespectador.

Nesta sexta-feira (26/04), Laura Cardoso ganhou uma linda homenagem com uma edição primorosa. Mesclaram depoimentos da atriz aos 96 anos com antigas entrevistas e cenas de sua vasta trajetória artística na TV Globo. Percorreu as ruas da Bela Vista com um fusca azul e visitou a sua antiga escola.

Laura fez questão de ressaltar a sua passagem na Tupi, emissora que funcionava como polo de atores paulistas em contraposição à TV Globo que reúne, até hoje, elenco majoritariamente carioca. A atriz nasceu no bairro icônico do Bixiga, região central da cidade de São Paulo.

Na semana anterior, a série Tributo estreou com Lima Duarte, outro nonagenário que, aliás, estava presente na inauguração da televisão brasileira. O ator cruza com a história de Laura Cardoso. A edição de ontem até destacou o encontro de Lima e Laura com Fernanda Montenegro na novela O Outro Lado do Paraíso, de Walcyr Carrasco, autor que costuma valorizar os atores mais veteranos em suas produções.

Manoel Carlos, um dos principais dramaturgos televisivos, será o próximo homenageado. Imperdível. A TV Globo acarta com a proposta da atração e o dia e horário de exibição. É um programa agradável para o fim da noite das sextas-feiras.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 24 de abril de 2024

"Dona Lurdes – O Filme" traz mudança repentina

 

Olá, internautas

Fui ao Shopping Eldorado no último fim de semana e assisti “Dona Lurdes – O Filme”. O longa dirigido por Cristiano Marques e José Luiz Villamarim é derivado da novela “Amor de Mãe” que teve as gravações interrompidas por conta da pandemia da Covid-19.

O Grupo Globo adotou uma estratégia estranha. O espectador só tinha acesso ao filme no Cinemark. Eu paguei 51 reais no ingresso, valor pouco acessível para a grande maioria dos brasileiros que acompanhou o folhetim na TV Globo. Além disso, a rede de cinemas não tem penetração em todo o Brasil.

O roteiro de Manuela Dias e Claudio Torres, destrinchado em uma hora e meia de duração, é marcado pelo desenvolvimento superficial da relação entre mãe e filhos, elemento marcante da novela. Os “herdeiros” mal aparecem no filme. Juliana Cazarré, que vive o primogênito Magno, praticamente surge como figurante de luxo. Ryan (Thiago Martins) é o filho com mais falas. Danilo/Domenico (Chay Suede) aparece com mais intensidade em um único momento.

A mãe abnegada ganha uma mudança repentina no filme. Agora, Lurdes busca um novo companheiro, incentivada por sua vizinha Zuleide, vivida por Arlete Salles que passa a impressão de reencarnar Copélia, de Toma Lá Dá Cá. Até mesmo, entra em um aplicativo de relacionamentos e aceita o encontro no meio do mato para fazer uma trilha. Ideia perigosíssima na selva de pedra. Em uma aula de dança, Lurdes encontra, por acaso, um novo companheiro interpretado por Evandro Mesquita. Paixão à primeira vista.

O filme é construído por cenas breves. Até mesmo, na reta final, Lurdes, do nada, abandona os compromissos com os filhos e parte para o seu romance em um cruzeiro. Narrativa mal trabalhada.

“Dona Lurdes – O Filme” foi basicamente pensado na exibição na TV. É um “telefilme” para relembrar Dona Lurdes, personagem icônica de Regina Casé. O carisma da personagem segura o interesse em acompanhar o longa.

Fabio Maksymczuk

domingo, 21 de abril de 2024

"Domingo Espetacular" se firma como opção ao Fantástico em 20 anos

 

Olá, internautas

No último domingo (14/04), a Record exibiu a edição comemorativa de 20 anos do “Domingo Espetacular”. A revista eletrônica é um dos últimos vestígios da estratégia “A caminho da liderança” que permanece na grade de programação da emissora da Barra Funda.

Em duas décadas, a atração, atualmente comandada por Carolina Ferraz e Sergio Aguiar, firmou-se como uma opção ao “Fantástico”. Atualmente, o programa cede espaço considerável ao universo das celebridades e suas polêmicas. As grandes reportagens de Roberto Cabrini continuam sendo o conteúdo mais interessante do “Domingo Espetacular”.

Na edição especial dos 20 anos, alguns momentos da fase áurea foram relembrados. Renata Alves, que protagonizava o interessante quadro “Achamos no Brasil”, retornou à cidade de Riachão do Dantas, interior de Sergipe, para relembrar o pitoresco caso do bode Bito que ganhou ampla repercussão. O querido animal até ganhou estátua.

Já o repórter Michael Keller resgatou o quadro “Gêmeos da Pesada” e reencontrou Marcio e Marcelo que pesavam cerca de meia tonelada juntos. Uma espécie de versão nacional do “Quilos Mortais”. Nesse período, os dois, após a cirurgia bariátrica, não retornaram ao quadro de obesidade mórbida.

Durante os festejos de duas décadas, a revista eletrônica lamentou a morte de um dos seus principais repórteres. Afonso Monaco desencarnou aos 78 anos. Foi um dos fundadores do “Domingo Espetacular”. Nossas condolências aos familiares e amigos.

O dominical da Record ganhou reconhecimento pelo jornalismo investigativo e entrevistas exclusivas. Antonio Guerreiro, vice-presidente da emissora, enfatizou que o “Domingo Espetacular” busca um jornalismo de verdade. E esse é o caminho.

Parabéns aos jornalistas que construíram as 1044 edições. Conquistou um público solidificado em 20 anos.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Caso escabroso em Petrolina marca retorno do "Linha Direta"

 

Olá, internautas

Na última quinta-feira (18/04), “Linha Direta” retornou à programação da TV Globo. A atração comandada por Pedro Bial abordou um caso escabroso que mostra as sérias fragilidades da segurança pública em nosso País.

Beatriz, uma menina de sete anos, foi assassinada durante a formatura de sua irmã em um colégio de alto padrão na cidade de Petrolina, interior de Pernambuco. A mãe da garota, Lucinha Mota, encarnou a imagem de uma mulher forte e determinada para caçar o assassino diante da incompetência da investigação. Até mesmo, formou-se em perita criminal e foi atrás do matador, até mesmo no Ceará, disfarçada de vendedora de produtos de beleza.

Lucinha também promoveu uma caminhada de 700 quilômetros, de Petrolina a Recife, para exigir que a polícia científica cadastrasse, em um banco de dados nacional, o DNA do criminoso que, anos depois, ainda não tinha sido realizado. O público que acompanhou o caso ficou estarrecido diante de tanta morosidade. Isso foi feito, após o caso chegar até o governador de Pernambuco. E só a partir daí, o criminoso foi encontrado. O assassinato ocorreu em 2015 para o desfecho do caso em 2022. Sete anos.

“Linha Direta” também enfatizou as falhas de segurança do estabelecimento educacional. O homicida adentrou o local com tranquilidade. O advogado da instituição, no final do programa, ao invés de mandar uma mensagem de solidariedade, resolveu defender que os familiares de Beatriz deveriam encaminhar uma mensagem de desculpas ao colégio. O telespectador, mais uma vez, ficou estarrecido.

Minha solidariedade à mãe guerreira Lucinha Mota que não desistiu de fazer justiça. “Linha Direta” é um programa necessário para focar as falhas graves da “insegurança pública” em nosso País. Retorno em grande estilo. Caso bem narrado.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 17 de abril de 2024

"BBB24" termina com vitória do controverso Davi

 

Olá, internautas

Nesta terça-feira (16/04), a TV Globo exibiu a grande final do “BBB24”. Davi Brito consagrou-se o grande vencedor do reality show com 60,52% da votação popular. A vigésima quarta temporada entra para a galeria de boas edições. Superior aos BBB22 e BBB23. Não é histórica, como alguns defendem nas redes sociais. Mesmo assim, ganhou fôlego diante de um formato que está no ar há 24 anos.

Davi foi transformado em protagonista pela burrice de muitos confinados. O então motorista de aplicativo saiu com a pecha de vítima, diante de falas e comportamentos erráticos, principalmente de Rodriguinho, que entrou na galeria de piores participantes da história do “Big Brother Brasil”, Wanessa Camargo, MC Binn e Yasmin Brunet.  

O quarteto entregou, de mão beijada, a premiação de quase três milhões de reais ao soteropolitano que até foi chamado de “baiano comum”. Mesmo com dezenas de edições de realities de confinamento em duas décadas, os participantes insistem nos mesmos erros. Mc Bin Laden, ao lado de Lucas “Calabreso”, provocou o estopim para a eclosão de ataques e isolamento a Davi por uma fofoca mal contada.

Davi não aparece entre os maiores jogadores do BBB, como alguns tentam caracterizá-lo. O telespectador o acolheu até o fim do jogo, mesmo com suas falas e posturas problemáticas minimizadas pela edição.  

Até mesmo na noite da grande final, o reality omitiu suas falas sobre “filho homem” e ensiná-lo a ser macho. Discursos machista e homofóbico permearam sua participação. A chamada “militância”, até mesmo, passou o pano nas redes sociais, já que ele representaria o “menino preto, periférico e sem acesso à educação”. O mesmo não ocorreu com Hadballa e Lucas Gallina que saíram escorraçados do BBB20.   

De acordo com as falas do apresentador Tadeu Schmidt, no anúncio do vencedor, Davi seria um rapaz ainda em construção. Uma esperança. O roteiro de um menino preto e pobre que sonha em ser médico marcou o reality show. Tadeu até insistia em chamá-lo de “Doutor Davi”. Hoje (17/04), no “Mais Você”, Ana Maria Braga também potencializou que Davi é um moleque. “Verde”.  

Davi é um personagem complexo. Controverso. Nesta quarta, o novo milionário do Brasil inseriu versículos da Bíblia durante o bate-papo com Ana Maria Braga. E também durante o BBB24. Ele é um retrato do Brasil profundo com raízes cristãs e das Igrejas neopentecostais que se espalham nas periferias. E é esse público que a TV Globo tenta dialogar. Em alguns momentos, “BBB24” se transformou em quase um “Show da Fé” com rezas, orações, menções a Jesus, Nossa Senhora de Nazaré e Deus.  

Grande parte dos confinados apenas passou pela “casa mais vigiada do Brasil”. Elenco inchado com 26 participantes. Os chamados “puxadinhos” acrescentaram quase nada ao show. A inspiração em "A Grande Conquista" não funcionou. Permanência longa e esticada. O time do Camarote foi o pior desde a entrada em 2020. Porém, foram as “pessoas públicas” que engrenaram o jogo ao atacarem Davi.

“Big Brother Brasil” se transformou em uma máquina de produção de influenciadores digitais e de faturamento alto para a TV Globo. Por isso mesmo, muitos preferem ser “planta” e conquistarem dinheiro nas redes sociais. Imagem neutra. Os exemplos mais nítidos dessa tendência foram o vice-campeão Matteus Alegrete e a terceira colocada Isabelle Nogueira. Fugiram, ao máximo, de atritos.

Nanda Bande e Giovanna Pitel lideraram o polo de antagonistas chamado de Gnomos. Poderiam ter rendido muito mais no jogo. Mesmo assim, saíram com uma imagem nítida perante o telespectador. Igual ao que acontece com Davi, muitos “passam o pano” para Fernanda diante de suas falas problemáticas.  

Beatriz Reis, também chamada de Bia do Brás, foi uma personagem marcante do “BBB24”. Chegou até a reta final com sua personalidade excêntrica e carismática. O bordão “Brasil do Brasil” conseguiu entrar no desenvolvimento do reality. Porém, faltou inteligência emocional nos ataques de Davi e Fernanda, o que fragilizou sua participação no jogo.

A colega de quarto Fadas, Alane, também ficará nas lembranças do BBB24, principalmente por sua despedida dolorosa do confinamento. O autoflagelo gerou comoção no público. Entrou no BBB24 para ganhar visibilidade e entrar no universo das telenovelas. A conferir.

Como já analisado anteriormente, a expulsão de Wanessa Camargo também é um capítulo controverso da direção, que passou a impressão de não ter utilizado o mesmo parâmetro na briga tensa entre Davi e Mc Bin Laden. A bronca de Tadeu com os dois rapazes não teve o mesmo peso do “ultimato” a Leidy Elin que jogou as roupas do baiano na piscina. Ficou desbalanceado. 

Luis Miranda e Marcos Veras não funcionaram no “BBB24”. Os quadros “Big Treta” e “Vamo Invadir sua Casa!” passaram graça alguma. Por outro lado, Diogo Defante deitou e rolou no “Domingão com Huck”.

A saga do “BBB24” continuará nos próximos meses. Agora é acompanhar se, de fato, Davi estudará Medicina, os rumos de seu relacionamento amoroso com Mani, chamada de namorada e até esposa durante o confinamento, o romance de Isabelle e Matteus, além do desenrolar de Camila Moura e Lucas Buda. A segunda temporada já começou. Agora, sem a mão pesada da direção.  

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 16 de abril de 2024

"Falas da Terra" traz indagações pertinentes na TV Globo

 

Olá, internautas

A série “Falas” retomou o vigor neste ano. Na última segunda-feira (15/04), em virtude da Semana do Dia dos Povos Indígenas, a TV Globo exibiu “Falas da Terra”, sob comando de Zahy Tentehar.

O especial trouxe indagações interessantes sobre os chamados “povos originários”. A atração propôs uma mudança nos livros didáticos. Defendeu a troca da expressão “Descobrimento” por “Grande Invasão em 1500” quando portugueses desembarcaram em terras com 5 milhões de indígenas. O programa destacou que os Tupinambás são considerados os mais antigos no território que já foi chamado de “Pindorama”, agora denominado Brasil.   

Em outro momento, “Falas da Terra” defendeu que ocorre um genocídio de indígenas há mais de 500 anos. Em uma longa e contínua guerra que permanece invisível para a grande maioria dos brasileiros, mais atenta com conflitos em Israel ou Ucrânia.  

De acordo com a narrativa do especial, os indígenas seriam os guardiães da Natureza e poderiam ser responsáveis diretos pelo combate à mudança climática. Nesse momento, apareceu uma boa reflexão. “Colocar ordem no progresso”.

“Falas da Terra” cumpre a sua missão em dar o chamado “lugar de fala” aos indígenas na maior emissora do País.

Fabio Maksymczuk

sábado, 13 de abril de 2024

Remake equivocado de "Elas por Elas" fortalece impressão

 

Olá, internautas

Na última sexta-feira (12/04), o remake de “Elas por Elas” chegou ao último capítulo. A releitura escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson com direção artística de Amora Mautner entra na galeria de fracassos da teledramaturgia da TV Globo no pós-pandemia. 

Como já analisado neste espaço nos primeiros capítulos, a escalação de Lázaro Ramos para interpretar Mario Fofoca aparece como um dos maiores erros da produção. O ator transformou o personagem, que integra a história da teledramaturgia brasileira, em um “paspalho”. Faltou sutileza e ironia na interpretação. Frustrou o público que acompanhou o excelente trabalho de Luis Gustavo.

Deborah Secco é uma boa atriz com vasto currículo. Apesar disso, a intérprete de Lara enfrenta um acentuado desgaste de sua imagem diante da espetacularização da vida íntima. Comentário para reflexão. 

Diante de tal quadro, o remake acertou na parte final ao focar os conflitos no núcleo liderado por Marcos Caruso, que viveu Sergio, e Isabel Teixeira, intérprete de Helena. A experiência sempre faz a diferença. Os dois atores sustentaram a reta final com destaque, especialmente Caruso. A reação nos índices de audiência apareceu com a mudança de rota.  

LADO POSITIVO

Filipe Bragança aproveitou a oportunidade em “Elas por Elas” e aparece como ponto positivo da trama. Desde os primeiros capítulos, mostrou segurança e carisma ao viver o mocinho Giovanni.

Também foi interessante rever atores experientes em uma novela da TV Globo, como a elegante atriz Esther Goes, Viétia Zangrandi, Maria Ceiça e Jonas Bloch.

Dentro da diversidade, que se tornou uma preocupação da teledramaturgia da TV Globo, a atriz Maria Clara Spinelli desenvolveu um bom trabalho, desde os primeiros capítulos, na pele de Renée. Outro ponto positivo.


LADO NEGATIVO

O último capítulo resume a concepção equivocada do remake. Helena, que aprontou todas na novela, terminou livre, leve e solta no fim. A última cena com a passagem do tempo foi constrangedora. Enquanto Mario Fofoca passou a impressão de ter envelhecido trinta anos, as mulheres mal envelheceram. Cena totalmente desnecessária.

Caso a TV Globo exibisse a novela original, não teria sido surpresa se a novela de Cassiano Gabus Mendes repercutisse mais com índices mais satisfatórios na faixa das seis, mesmo sendo uma novela das sete. A direção de Amora Mautner e o projeto equivocado do remake pesaram no afastamento do público que acompanhava a boa novela “Amor Perfeito”.

Mais um sucesso dos anos 80 desvalorizado nas adaptações do século XXI. O remake só fortalece a impressão de que as “novelas de antigamente”, de fato, eram bem melhores.  

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Especiais reforçam frágil "Caldeirão com Mion"

 

Olá, internautas

“Caldeirão com Mion” é o programa mais fraco do entretenimento da TV Globo. Desde a sua estreia na emissora platinada, o apresentador basicamente recebe celebridades que ganham tempo de tela em “games” e disputas que raramente despertam grande interesse. O programa perdeu fôlego, desde a saída de Luciano Huck.

Por isso mesmo, Mion ganha um reforço para impulsionar o “Caldeirão”. Inspirado no sucesso dos especiais do “Altas Horas”, o programa vespertino agora recebe convidados que ganham amplo destaque no palco.  

No último sábado (06/04), o apresentador recebeu Caetano Veloso e Maria Bethania que comandaram uma edição especialíssima na TV Globo. Os irmãos deram um show no “Caldeirão”. Um oásis diante do atual panorama da música popular brasileira em programas de auditório.

Mesmo com o reforço e o impulsionamento nos índices de audiência, o telespectador percebe nitidamente a diferença entre Serginho Groisman e Marcos Mion no vídeo. O comandante do “Altas Horas” é marcado pela elegância e naturalidade na condução dos especiais. Já Mion fica caracterizado pela artificialidade em reverenciar efusivamente os convidados.  

Sem concorrentes na faixa horária, com o desânimo de Record, SBT e Band, “Caldeirão com Mion” navega praticamente sozinho na programação da TV brasileira. O programa precisaria reinventar-se. Os especiais fortalecem pontualmente o frágil Caldeirão.

Fabio Maksymczuk

domingo, 7 de abril de 2024

SBT acerta em estreia do "Sabadou com Virginia"

Olá, internautas

A noite de sábado é uma das faixas mais desgastadas da programação do SBT. A emissora explorou, à exaustão, o “Bake Off Brasil”. A atração deveria ter sido encerrada na quinta temporada, mas seguiu até a impressionante décima quinta com as variações de celebridades e crianças. É verdade que a pandemia da Covid-19 contribuiu para isso, mas o desgaste foi inevitável.

Diante de tal quadro, a emissora resolveu investir na influenciadora digital Virginia Fonseca. A apresentadora conquistou “Sabadou” que ganha a duração correta com cerca de uma hora e meia no ar.

No último sábado (05/04), a nova aposta sbtista foi ao ar. Virginia comportou-se de uma forma correta no vídeo. Bem dirigida por João Fonseca. Um dos poucos detalhes que pode ser facilmente corrigido é a troca da cadeira giratória por uma estática. Virginia balançava o assento de lá para cá, o que transmitia a sua ansiedade e nervosismo no vídeo.

No programa de estreia que contou com os familiares da apresentadora, Leonardo, Poliana e Zé Felipe, a mãe da loira, Margareth Serrão, surgiu como grande destaque. Passou irreverência à atração. Por outro lado, o assistente de palco, o também influenciador Lucas Guedez, ficou acima do tom. Em um momento, até correu atrás no cenário.

O formato do “Sabadou com Virginia” lembrou, de alguma forma, o programa Eliana. Além do bate-papo e musicais de Zé Felipe e Leonardo, a atração exibiu quadros que servem como recheio, como Biscoito ou Bolacha que funcionou ao trazer rapazes que desejam ser influenciadores digitais; Maga Margara com o clima descontraído de Margareth e o Se Beber, Não Fale que precisa ser melhor trabalhado nas próximas edições. Nesta estreia, os convidados preferiram calar a verdade, inclusive Guedez sobre o entrevero com Gkay. Revelações precisam ser ditas para gerar repercussão.

A programação de sábado deveria ser o dia de experiência e formação de comunicadores para a renovação do quadro de apresentadores. O SBT, há décadas, paralisou esse processo, o que resulta atualmente em um quadro anêmico. O investimento em Virginia Fonseca pode ser uma tentativa de reverter tal situação.

Fabio Maksymczuk